domingo, 29 de maio de 2011

A Reforma Psiquiátrica no Brasil. CAPS: Realidade, mito ou meta?

A realidade do CAPS hoje em Salvador, que constatamos em entrevista com profissional da área é que embora os recursos institucionais sejam insuficientes para atender as demandas dos usuários e de seus familiares visando a reabilitação e socialização dos mesmos o CAPS tem cumprido com seu papel. Foi  ressaltada a necessidade de apoio por parte da população e dos familiares dos usuários para que os projetos de apoio sejam cumpridos. As entidades independentes que apóiam e complementam as atividades realizadas pelos CAPS recebem recursos financeiros do Governo Federal e têm algumas dificuldades em implementar as inovadoras idéias propostas pelo modelo porque  lida pessoas que saíram de uma situação manicomial e que levaram anos sem conviver com outras pessoas , então leva tempo para conseguir o que seria ideal, mas se está caminhando para isso e não se destrói todo um projeto porque algumas coisas precisam ser ajustadas. Todo investimento feito para melhorar as condições de pessoas que já foram tão negligenciadas e esquecidas pela sociedade é fundamental. Os recursos recebidos tem sido aplicados visando melhorar  e reabilitar pacientes.
Diversos tópicos são importantes a considerar, principalmente porque vemos que o CAPS não é um mito do ponto de vista de sua eficiência e capacidade de atuação. Esse modelo é essencial à reforma psiquiátrica e as dificuldades em manter e dar suporte a população com transtornos mentais que é hoje a realidade do CASP em Salvador, com todas as queixas e denuncias, não tiram em momento algum o valor e a importância da instituição e principalmente na sua atuação direta com os pacientes. Possibilitando a reabilitação psicossocial, como uma ação ampliada considerando todos os âmbitos possíveis de abordagem: Pessoal,Social e ou Familiar. No projeto principal do CAPS existe a indicação de sua equipe ”Multiprofissional e as atividades desenvolvidas neste espaço são bastante diversificadas, oferecendo atendimentos em grupos e individuais, oficinas terapêuticas e de criação, atividades físicas, atividades lúdicas, arte-terapia, além da medicação, que antes era considerada a principal forma de tratamento. Neste serviço, a família é considerada como parte fundamental do tratamento, tendo atendimento específico (grupal ou individual) e livre acesso ao serviço, sempre que se fizer necessário” (Ciênc. saúde coletiva vol.14 no.1 Rio de Janeiro Jan./Feb. 2009). Além dessas diretrizes que compõem as exigências da formatação do corpo da equipe e das funções que cabe ao CAPS realizar, transcrevemos uma colocação citada pela mesma autora de igual ou maior importância pois caracteriza uma das maiores diferenças do atendimento personalizado que ocorre no CAPS que é a preocupação com a recolocação do individuo na sociedade e a preocupação com a família que da suporte ao doente mental, coisa que não existia nos antigos modelos de tratamento psiquiátrico “a participação da família no tratamento é importante para os profissionais do CAPS, dados  nos apontam que há responsabilidade dos familiares nessa parceria para o tratamento.
Atualmente, é consenso de que as famílias, quando recebem apoio e orientação adequados, têm condições de compartilhar seus problemas e tornam-se aliadas na desinstitucionalização e na reabilitação social do usuário. É necessário oferecer atenção e apoio a estas famílias, pois a reinserção do usuário na comunidade e a retomada de suas atividades diárias se tornam mais fáceis e rápidas quando os familiares acreditam que a melhora na condição de saúde do usuário é possível. A sobrecarga da família do usuário portador de transtorno mental refere-se às conseqüências que afetam o cotidiano desta família. Os gastos financeiros, a desestruturação da vida familiar, social e profissional, tarefas extras, convivência com comportamentos impróprios são situações com as quais a família acaba aprendendo a lidar, mas que causam um grande desgaste físico, mental e emocional. O serviço deve buscar outras formas de alcançar essa família, pois a sensação de responsabilidade, associada à vivência do sofrimento psíquico, é desgastante e o apoio no tratamento e parceria com a equipe é sempre necessário.
Todo esse material aqui exposto diz respeito a importância reabilitação social do paciente e é um dos  fatores que impulsionam a checagem de possíveis erros que ocorrem hoje nos CAPS da Cidade de Salvador e no Brasil, não com objetivo de denegri-los, mas para buscar meios de corrigi-los, mantê-los e desenvolvê-los  para o bem da comunidade e o progresso da consciência de respeito a vida e ao portador de deficiência mental, fazendo do CAPS uma verdade que desfez o mito “que lugar de doente mental é no hospício” e que é válida a meta de que um dia teremos de fato implementados  tantos centros de atendimento quanto seja necessário e que eles possam viabilizar a seus usuários todas as condições que provam a evolução da garantia de cidadania e respeito a individualidade e os direitos dos doentes mentais.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Pesquisa das Idéias Psicológicas entre 1950 à 2000

Classes Intervalo de classes fi Fri% Fac Fac%
1ªclasse 1950  -  1960 57 23% 57 23%
2ªclasse 1960  -  1970 69 27% 126 50%
3ªclasse 1970  -  1980 36 14% 162 65%
4ªclasse 1980  -  1990 49 20% 211 84%
5ªclasse 1990  -  2000 40 16% 251 100%


251 100%