sexta-feira, 10 de junho de 2011

As idéias Psicológicas na Bahia e no Brasil

Com a busca do homem em compreender o próprio homem surge a Psicologia, primeiro pensada, como um ramo da filosofia, em seguida histórica e depois, separada e distinta, avançou como ciência através do campo das pesquisas. Os iniciantes na Psicologia feita no Brasil como Lourenço Filho (1955) e Cabral,(1950) se destacaram pelo fato de terem aprendido com mestres de renome. Em 1934 na USP se iniciaram muitas pesquisas devido as necessidades das industrias e as necessidades de idéias Psicológicas voltadas para educação, fez com que as buscas por respostas fossem apoiadas. Em 1906, no rio de janeiro iniciou-se pesquisas voltadas para o desenvolvimento infantil e os estudos sobre a aprendizagem, o ensino e os seus métodos para que os alunos pudessem através da identificação de seus problemas com linguagem, leitura e escrita e até matemática fossem então classificadas em classes. Porém esse marco é o que podemos chamar de inicio de uma culminação de avanços na área Psicológica, pois sua real origem data do período colonial onde idéias a cerca dos modos de agir das pessoas daquela  época poderia facilitar o controle das mesmas, como aconteceu quanto aos índios, ao se estudar a sua maneira de trabalhar e a dificuldade em  lhes ensinar a cultura da colônia. Um período, caracterizado por Pessotti  (1988) como  pré-institucional  (até 1833) Podemos perceber nessa busca de informações sobre o ambiente social e o comportamento dos índios a grande divergência entre a colônia e o povo indígena, o que contradizia aos interesses da metrópole.  Já no séc. 19, após as mudanças que o Brasil enfrentou houve o crescimento das escolas e na sombra das idéias positivistas, cartesianas e as idéias de Aristóteles, muitas contribuições aumentaram as idéias psicológicas no Brasil. Surgiam então pesquisas voltadas para o ensino e o os estudantes , usando como base as idéias de Rousseau e Pestalozzi  que influenciaram no Rio de Janeiro e na  Bahia, temas como a instrução e a educação física e moral na  Epilepsia, na  hipocondria, nas  alucinações mentais e fatores de ordem Psicossocial, que formaram a base  de futuras teses já tidas como da Psicologia. Foi nesse período que se criou os asilos para loucos, para quem se dirigiam as  buscas de soluções onde se multiplicavam  os problemas  na sociedade brasileira, particularmente no espaço urbano, onde a classe dominante esperava da medicina e da educação, uma solução para o afastamento dos que eram julgados  loucos, mendigos, marginalizados.
Nesse período a preocupação com o fenômeno psicológico ganhou força e se expandiu o que acontecia de forma paralela as conquistas na Europa e nos Estados Unidos, fazendo da psicologia uma ciência autônoma. O laboratório da “colônia” foi transformado em instituto de psicologia, subordinado ao ministério da educação e saúde pública, em 1932, e mais tarde incorporado à universidade do brasil. Foi também em 1932 que a aplicação da psicologia à organização do trabalho, com pesquisas sobre fadiga em crianças trabalhadoras e o pioneiro trabalho de seleção de aviadores militares. Ainda com base na idéia de Pessotti temos também o período institucional  (1833-1934) onde na educação houve uma grande contribuição para a autonomia da Psicologia onde vieram as aplicações para a clínica e o trabalho.Outro importante fator foi a obrigatoriedade da disciplina psicologia nos currículos de escolas normais, o aumento da publicação de obras e a criação dos  laboratórios de Psicologia com a vinda de Psicólogos estrangeiros para o Brasil. Em 1962 houve o reconhecimento da profissão de Psicólogo. No Rio de Janeiro, Manoel Bomfim criou o primeiro laboratório de psicologia do Brasil ,ele fez obras para o uso em cursos na escola normal e escreveu inúmeras textos sobre o fenômeno Psicológico e a Psicologia. Foi um defensor radical da expansão da educação para todos. Era um pensador radical, um intelectual que  antecipou até  idéias que foram produzidas por outros pesquisadores como Vigotski. 
Em São Paulo, Noemi Silveira e seu antecessor Lourenço filho, na cátedra de Psicologia da  educação na Faculdade de Filosofia da USP criou os  núcleos originais que no futuro se transformaram no instituto de psicologia dessa universidade. Em Pernambucano foi criado o instituto de seleção e orientação profissional de Recife, mais tarde denominado instituto de Psicologia, no qual foram realizadas inúmeras pesquisas.Em Belo Horizonte as pesquisas envolvendo a participação de muitas educadoras feita pela Psicóloga russa Helena Antipoff foi um marco para as mudanças em Minas Gerais em  1929. Ela mediu a  inteligência das crianças e suas condições materiais e culturais. 
Foi muito diversificada a produção das idéias e praticas psicológicas no brasil período
universitário  (1934- 1962)  e  profissional  (1962), onde só em 1957 houve a regulamentação da profissão do Psicólogo. Em São Paulo o primeiro curso de Psicologia foi criado e em 1968, no dia 27 de agosto de 1962.
Na Bahia, com Isaias Alves
(1898-1968), que defendeu a utilização da Psicometria para a escola e realizou muitas pesquisas para o ministério da saúde pública e educação, alem de criar o curso de pedagogia na Universidade da Bahia e que gerou o curso de Psicologia na Federal.Foi um dos primeiros pioneiros da sistematização da Psicologia e Mercedes da Cunha Chaves de Carvalho que foi a fundadora do curso de Psicologia da UFBA, personagem histórica na analise do comportamento e na historia da psicologia. O comportamentalismo era seu emblema.

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